quarta-feira, 30 de março de 2016

Josué, um líder escolhido por Deus


Texto Áureo: Dt. 31.7 – Leitura Bíblica em Classe: Nm. 27.18-23; Js. 1.1, 2

Objetivo: Mostrar que Deus escolhe a quem quer, pois só Ele conhece aqueles que possuem as qualidades necessárias para liderar seu povo com justiça. 

INTRODUÇÃO 

Durante este trimestre, estudaremos na Escola Dominical o livro bíblico de Josué. Esse é um livro que trata das guerras do Senhor na conquista de Canaã. Passados todos esses anos, poderíamos indagar se há algo, nesse livro, que possa ser proveitoso para a igreja cristã dos dias atuais. Não devemos esquecer que, conforme estudamos no último trimestre, a Bíblia, em sua totalidade, é a inspirada palavra de Deus. O livro de Josué, como veremos a partir de hoje e das lições que se seguem, traz princípios eternos que se coadunam com a realidade contemporânea.

1. ASPECTOS GERAIS DO LIVRO DE JOSUÉ 

Esse livro, que narra a história de Josué, é de sua própria autoria (Js. 24.26) e data entre 1405-1375 a. C. O tema principal do livro é a vitória da fé na conquista de Canaã (Hb. 11.30,31). O propósito central é registrar a fidelidade de Deus no cumprimento de Suas promessas. Podemos dividir o livro em três aspectos estruturais: 1) a entrada em Canaã (1-5), 2) a conquista de Canaã (6-12) e 3) a divisão de Canaã (13-24). Destacamos algumas das principais características desse livro: 1) complementa o Pentateuco – dando prosseguimento aos fatos ali narrados; 2) é o primeiro entre os livros históricos do Antigo Testamento; 3) ênfase posta na conquista e ocupação da terra de Canaã; e 4) exposição da palestina como o cenário geográfico dos acontecimentos do livro. O versículo-chave é “passai pelo meio do arraial e ordenai ao povo, dizendo: provede-vos de comida, porque, dentro de três dias, passareis este Jordão, para que entreis na terra que vos dá o Senhor, vosso Deus, para que a possuais” (1.11). O livro nos ensina algumas verdades a respeito de Deus e do nosso relacionamento com Ele: 1) os passos necessários para conhecemos melhor o Senhor, buscando a direção do Espírito Santo, principalmente diante dos obstáculos e a confiar em Suas promessas (Js. 2.8-11,24; 3.7; 4.19-24; 21.45; 23.14); 2) passos para uma devoção dinâmica – estimula à oração e a tomar decisões de acordo com a vontade de Deus, e instrui ao cuidado na aplicação da Palavra de Deus (9.14; 14.8-9,14; 22.5; 23.6); 3) passos para a santidade – ensina a não cobiçar os bens deste mundo, a ter o devido cuidado para não se deixar levar pelos pensamentos do mundo (6.18-19; 23.7; 24.23); 4) passos para uma vida de piedade – através da prática regular da meditação na Escritura, a manutenção de registros e memórias da jornada espiritual, a partilha das experiências (1.7-8; 4.4-7; 5.2-9; 8.34-35); 5) passos para lidar com o pecado – compreender que o pecado enfraquece aqueles que com ele se envolvem, por isso, precisa ser tratado com seriedade (7.10-13; 11.11) e 6) passos para a conquista da vitória – submissão à vontade de Deus e o reconhecimento que o Senhor pelejará por nós (5.14-15; 17.18).

2. JOSUÉ: UMA BREVE BIOGRAFIA 

Josué, cujo nome significa “Jeová é salvação”, foi o líder dos hebreus depois de Moisés e era também denominado de Oséias (Nm. 13.8), filho de Num (Ex. 33.11), da tribo de Efraim (I Cr. 7.27). Destacou-se com um dos mais fiéis companheiros de Moisés (Ex. 24.13; 32.17) e um daqueles espias fiéis que retornou da missão (Nm. 13.26; 14.38). Escolhido por Deus para ser o sucessor de Moisés (Dt. 31.14,23) sendo revestido para tal missão (Js. 1.1). Diante dos israelitas, enviou espias para sondar a terra a ser conquistada (Js. 2.1), atravessou o Jordão através de uma intervenção miraculosa do Senhor (Js. 3.1), destrói Jericó (Js. 6) e Ali (Js. 8). Um dos mais interessantes episódios na vida de Josué é sua oração que faz com que o Senhor detenha o sol (Js. 10.12). Ao final da vida, após sortear a Canaã conquistada entre as tribos (Js. 14), despede-se do povo e morre com idade aproximada de 110 anos (Js. 23,24). A atuação de Josué, diante dos hebreus, foi brilhante e ele se revelou como um exímio estrategista militar. Mas não confiava apenas em seus dotes, na verdade, Josué é um exemplo de alguém que, mesmo dispondo de conhecimentos, não deixa de buscar a orientação do Senhor. Sua biografia nos ensina que a liderança efetiva é produto de uma boa preparação e da influência de boas lideranças (Nm. 27.22-23).

3. A LIDERANÇA DE JOSUÉ: ALGUNS PRINCÍPIOS 

Umas das marcas do estilo de liderança de Josué é a interação com os seus pares. Ele é um homem que valoriza as instruções (Js. 2.1; 3.2-4.9; 8.3-8). Teve sempre o cuidado de averiguar se as pessoas tinham ouvido e compreendido os planos traçados a respeito das múltiplas atividades a serem desempenhadas. Por isso, de vez em quando, ouviam-no dizer: “Chegai-vos para cá, e ouvi as palavras do Senhor vosso Deus” (Js. 3.9). Diante da clareza de sua mensagem, o povo, a não ser em poucas ocasiões, fazia tudo como Josué ordenara (Js. 4.8). Quando o povo estava desanimado, Josué trazia-lhe mensagens de encorajamento (Js. 3.5; 10.24,25; 23.5). Sempre que possível Ele relembrava as promessas feitas pelo Senhor e isso servia de estímulo para os israelitas. As palavras de encorajamento de Josué fortalecia a fé do povo e guiava-o em sua missão. Valorizava o ensino, por essa razão, em muitas ocasiões o vemos dando ordens ao povo (Js. 6.16), instruções (Js. 24.1-13) e exortações (Js. 23.6-16; 24.14-24). Como todo bom líder, também teve o cuidado de manter relatórios a fim de registrar os acontecimentos históricos daquele povo (Js. 12-20). Além das mensagens escritas, também fez uso de recursos simbólicos, tudo isso com vistas à lembrança das coisas grandiosas que Deus havia feito ao povo de Israel (Js. 4.1-9). Esses aspectos da liderança de Josué servem de inspiração e exemplo para todo aquele que recebe o chamado de Deus para estar diante do Seu povo.

CONCLUSÃO 

Conforme veremos ao longo deste trimestre, Josué é um exemplo de líder espiritual, isto é, que depende da orientação do Espírito Santo. Em Dt.34.9 está escrito que o espírito de sabedoria encheu Josué quando Moisés impôs as mãos sobre ele. Essa é uma demonstração da atuação sobrenatural de Deus no ministério de Josué e que esse estava baseado nas instruções do Senhor dadas a Moisés. Esse assunto, porém, será estudado com maior propriedade na lição seguinte, quando trataremos a respeito do momento em que Josué assume a liderança de Israel.
Pr. Silas Malafaia

segunda-feira, 28 de março de 2016

POSIÇÕES EM RELAÇÃO AO MILÊNIO


No que diz respeito ao Milênio bíblico, existem três escolas de pensamento:
1. Amilenialismo - Ensina que não haverá nenhum reino milenial literal de Cristo na terra.
2. Pós-milenialismo - Ensina que o retorno de Cristo e, portanto, o Seu Reino, se dará após o Milênio. Ou seja, nesta perspectiva, o Milênio ocorreria sem a presença de Cristo na terra.
3. Pré-milenialismo - Ensina que o Reino milenial sob a égide de Cristo será literal e terá início logo após a Sua segunda vinda, que porá fim à Grande Tribulação. Esta era também a posição predominante na Igreja Primitiva. Esta é também a posição escatológica em que cremos e que defendemos!
Pr Rafael Aguiar

O que é o Milênio?


A palavra "milênio" vem dos termos latinos mille ("mil") e annum ("ano"). A palavra grega chilias, que significa "mil", aparece por seis vezes em apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra. O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra, que virá imediatamente antes da eternidade (...). Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço.
(Por Joe Jordan in: LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecias Biblicas. Rio de Janeiro: Cpad, 2010. p. 316)

Quem participará do Milênio?


Os participantes do reino milenial de Cristo serão os santos do Antigo Testamento (Dn. 12.1-2, 6, 13); os santos da Grande Tribulação (Judeus e gentios que rejeitarem a besta e sua marca), tanto os que morrerem na Tribulação - estes entrarão com seus corpos ressurretos - como os que sobreviverem àquele período de sete anos de sofrimento - estes entrarão com seus corpos naturais; (Ap 20.4) e a Igreja do Senhor, que foi arrebatada e que virá juntamente com Cristo Jesus para também com Ele reinar sobre a terra por mil anos! Aleluia!

Rafael Aguiar

A ÚLTIMA REBELIÃO DE SATANÁS



Após o Milênio, Satanás será solto por pouco tempo de sua prisão e, mesmo assim, conseguirá convencer a muitos a participarem de sua última rebelião contra Cristo (Ap 20. 7-9). Isso vai acontecer para fique exposta a inclinação pecaminosa do coração dos homens, que mesmo depois de desfrutarem da total plenitude do Espírito Santo e da companhia pessoal do Filho de Deus durante Seu reino milenial, ainda assim preferirão ouvir e seguir a Satanás! Diante disso, ficará evidente que somente a graça redentora e salvadora de Cristo Jesus poderá livrá-los da condenação eterna. Após esta última rebelião, Satanás será lançado no lago de fogo, onde já estão a besta e o falso profeta que atuaram no período da Grande Tribulação (Ap 20.10). Dar-se-á início, a partir de então, o julgamento final do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).
Rafael Aguiar

O JUÍZO FINAL - O GRANDE TRONO BRANCO



Após a sua última rebelião que ocorrerá no final do Milênio (Ap. 20.7-8), Satanás e todos os seus demônios serão lançados no lago de fogo, onde já estão a besta e o falso profeta, e ali permanecerão para sempre (Ap. 20.10). Após isso, o céu e a terra se desfarão e darão lugar ao Grande Trono Branco, diante do qual comparecerão todos os ímpios, de todas as eras, os quais ressuscitarão para serem julgados e condenados (Ap. 20.11-12). Diante desse tribunal divino, não haverá absolvição e nem salvação. Este é momento em que o inferno será esvaziado, pois todas as almas ímpias que lá estão ressuscitarão e comparecerão diante do Grande Trono de Deus (Ap. 20.13). Livros serão abertos durante o Juízo Final, dentre os quais destaca-se o Livro da Vida, e toda condenação será confirmada pelo conteúdo destes livros (Ap. 20.12-13). No Livro da Vida, onde está registrado o nome de todos os salvos de todos os tempos, não constará os nomes de nenhum daqueles réus que estiverem diante do Grande Trono Branco (Ap.20.15). Após o julgamento, todo aquele que não foi achado escrito no Livro da Vida será lançado no lago de fogo, onde já estão o Anticristo, o falso profeta, Satanás e todos os demônios; em seguida, o inferno e a morte, último inimigo a ser vencido, também serão lançados no lago de fogo (Ap. 20.14-15). Após o Juízo Final, um novo céu, uma nova terra e a Nova Jerusalém surgem de Deus para os santos (Ap.21-22)! Que momento glorioso será! Glória a Deus eternamente!

Por Rafael Aguiar

ATITUDES PERANTE DEUS QUE NOS LEVAM À VITÓRIA



ESBOÇO

1. Ande sempre com Deus!
(Gn 5.24; 6.9; 17.1; Gl. 5.16)

2. Seja fiel a Deus em qualquer circunstância!
(Sl. 101.6; Ap. 2.10)

3. Seja determinado a agradar a Deus sempre!
(Js 24.15; 1Sm. 15.22; 1Rs. 18.21; Sl. 37.4; Dn 1.8; At. 5.29)

4. Seja um crente de oração!
(Sl.50.15; Dn 6.10; Jr. 29.13; Mt. 6.6; Ef. 6.18; 1Ts 5.17)

5. Creia que Deus está no controle de toda a tua vida!
(Gn. 18.14; Jó 42.2; Sl. 37.5; 2Cr 20.6, 12; Is 43.2, 13; Mt 19.26; Lc 1.37; Tg 1.6-8)!
6. Louve e adore a Deus antes da vitória! (2Cr. 20.18-23; Dn. 6.10; At. 16. 25-26).
***

Esboço da mensagem que o Senhor nos deu e nos permitiu ministrar nesta noite, 14 de março, no culto geral de ensino da Palavra no templo central da AD em Santa Inês! Deus seja lovado! Que o Senhor te abençoe também com esta mensagem!

É impossível o crente não se corromper ao entrar na política?


(Por Rafael Aguiar Pereira)

Dario, rei do Império mais poderoso da terra em seu tempo, o Medo-persa, tinha 120 homens de sua confiança que administravam todo o Império! Havia, no entanto, outros três ministros da mais elevada confiança de Dario, aos quais os 120 governadores eram obrigados a prestar contas dos negócios do reino! Daniel era um dentre esses três oficiais! E o rei Dario cogitava em torná-lo o primeiro dentre os três, o que o tornaria o homem mais poderoso do Império Medo-persa, depois do rei! Por quê? "Porque nele [Daniel] havia um espírito excelente" (Dn. 6.3b). A partir de então, Daniel passou por uma investigação sem prescedentes na história de perseguição dos homens de Deus relatados na Bíblia, pois aqueles dois oficiais aliados aos 120 governadores, movidos por inveja, vasculharam a vida de Daniel procurando algo, qualquer coisa, que o desqualificasse para a função em que o rei pretendia constituí-lo! E o resultado? "(...) mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele [Daniel] era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa. Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel (...)" (Dn. 6.4b-5a)!

A fidelidade de alguém para com Deus não está condicionada ao seu meio externo, mas a um compromisso interno, firme e inegociável, que ele faz com este Deus, e que o leva a honrá-Lo acima de qualquer circunstância! Daniel havia feito este compromisso há muito tempo, quando ainda era um jovem: "E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia." (Dn.1.8a)! Creio que, assim como Daniel, há, em nossos dias, homens e mulheres, ocupando diversas funções: na Polícia, no Comércio, nas salas de aula, desde a mais simples zeladoria de um prédio até o mais alto posto de uma grande empresa multinacional ou mesmo exercendo uma função pública, seja municipal, estadual ou federal, a exemplo de Daniel, que era funcionário público do mais alto escalão do governo, e que também são fiéis a Deus e não se corrompem pelas circunstâncias! Deus seja louvado pela existência desses homens e mulheres!


(Por Rafael Aguiar Pereira)

A PÁSCOA JUDAICA E O SEU CONTEXTO HISTÓRICO E TEOLÓGICO



(Pr. Rayfran Batista da Silva)

Enquanto se comemora e se comenta em todo o mundo cristão sobre a páscoa, sua importância e a sua comemoração, é necessário que reflitamos sobre o verdadeiro significado da páscoa. A origem dessa comemoração, como já bem o sabem os leitores da Bíblia Sagrada, está ligada à saída dos filhos de Israel da escravidão egípcia. De acordo com o dicionário VINE (p.854), O termo Páscoa “é derivado do hebraico pãsach, que possui o sentido de passar sobre, poupar”. Esta foi a festa instituída por Deus em comemoração da libertação de Israel do Egito, e, em figura, uma antecipação do sacrifício expiatório de Jesus.
Quanto às deturpações que hoje se vê relacionadas à comemoração da Páscoa, o Pastor e pedagogo Samuel Câmara fez importante declaração: “A Páscoa é uma das mais importantes festas da religiosidade cristã, mas nem sempre é um processo de expressão de fé. Ou seja, nem sempre representa uma atitude decorrente da obediência à Palavra de Deus. O fato é que, para a grande maioria, produz suas melhores lembranças apenas na representação de “coelhinhos” e “ovos de chocolate”. Se ela fosse uma expressão da fé cristã, por mais simples que fosse, falar-se-ia no “cordeiro de Deus” que foi morto, e não num coelhinho fofo; falar-se-ia no amargor do sacrifício de Cristo e no Seu sangue derramado na cruz, e não na doçura do chocolate”.
Há, portanto, nos dias atuais, uma grande “renda” no mundo comercial promovida por um equívoco de muita gente que faz uma festa com chocolates e simbologias estranhas, inclusive destacando o coelho como símbolo pascal, enquanto que biblicamente o verdadeiro símbolo da Páscoa é um cordeiro conforme nos narram as Sagradas Escrituras em Êxodo capítulo 12.
Existe uma verdadeira riqueza de detalhes na interessante história que envolve os hebreus escravizados no Egito e o seu pedido de libertação por meio de Moisés. Naturalmente, o rei do Egito, pensando no prejuízo financeiro que viria sobre seu governo, não queria libertar todos os seus escravos hebreus. Pois vinham, por muito tempo, trabalhando bem e ele precisava deles para mais projetos de construção naquele país. A recusa de Faraó em permitir que fossem libertos foi seguida de uma série de pragas ou fenômenos extraordinários que demonstraram o poder do Deus de Israel, que visavam levar os egípcios à posição de inteira submissão à vontade de Deus nesse assunto. As pragas e suas consequências, foram se avolumando, tomaram-se piores e criaram conturbação em todo o país, no entanto, o rei ainda recusou deixar os israelitas saírem (Êx 5.1-11, 10).
A praga mais séria foi deixada por último. Através dos anos, os egípcios tinham causado aflição a milhares de mães e pais hebreus com a matança de todo menino que nascesse em seus lares. Agora a ira de Deus viria sobre os egípcios, e o filho mais velho em todos destes, morreria numa determinada noite.
Os detalhes da história registram a instituição da Páscoa como uma ordenação de Deus para o povo de Israel, através de Moisés (Êx 12.1-29). Seria, assim, uma festa comemorativa celebrada pelo povo hebreu, através dos séculos, para lembrá-los deste ato de libertação. Durante a celebração da Páscoa, um cordeiro sem defeito deveria ser oferecido como sacrifício, e seu sangue, aspergido em volta da ombreira da porta de cada lar hebreu.
Naquela noite terrível, o juízo ameaçador veio de fato. Mas, como Deus havia dito, o anjo do Senhor ‘passou por cima’ de todo lar onde o sangue do cordeiro pascal, sobre a porta, podia ser visto e, todos os que se abrigavam naqueles lugares foram salvos. O ato de o anjo enviado por Deus passar por cima das casas onde estava a marca do sangue de um cordeiro, originou a celebração da Páscoa. Esta, é uma figura impressionante do livramento maior que mais tarde seria realizado por Cristo, nosso Cordeiro Pascoal (l Co 5.7; l Pe 1.19). E também chamado de “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” (Jo 1.29). Neste ato, com sua abrangência e consequências, percebe-se a importância histórica e teológica da citada comemoração. A obediência dos escravos hebreus tornou possível seu livramento. Deus lhes disse o que tinham que fazer, e eles agiram de acordo com as ordens divinas. No capítulo 12 de êxodo, portanto, o tema é Obediência ao Eterno Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
Os cristãos não necessitam comemorar a Páscoa com o mesmo sentido e da mesma forma que era comemorada pelos judeus, pois, em Jesus, o sentido tipológico da mesma já se consumou. Por isso, Jesus, quando convidou os discípulos para participarem com Ele da última ceia (um jantar de Páscoa), ao mesmo tempo, deixou-lhes uma cerimônia sagrada, que seria a Nova Páscoa, até sua segunda vinda (1 Co 11.23-32; Lc 22.14-20). Conforme o Dr. Russel Shedd (1997, p.89) em suas notas à Bíblia Sagrada, a Páscoa, seria para os judeus: “O verdadeiro aniversário do povo de Deus” e, em se tratando da importância histórica e teológica deste evento que deveria ser lembrado em contínua comemoração, o mesmo Teólogo explica: “O Cordeiro da Páscoa era o sacrifício aceitável, que Deus mesmo tinha instituído. Jesus é nossa Páscoa (1 Co 5.7), é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O Cordeiro tinha de ser sem defeito (Êx 12.5) e Cristo cumpriu essa exigência (1 Pe 1.18-19). Tinha de ser separado para o sacrifício quatro dias antes do dia 14 (Êx 12.3), assim como Cristo entrou em Jerusalém no dia da preparação do cordeiro, e morreu no mesmo dia do sacrifício. O sangue do cordeiro era o símbolo do sangue do Cordeiro de Deus e fazia estar sobre o povo a proteção divina contra a escravidão do pecado e o castigo (Êx 12.13). Assim também o sangue de Jesus nos liberta da escravidão de Satanás e da punição eterna”.
Hoje, todo e qualquer ser humano pode ser livre da servidão de seus pecados, se aceitar, pela fé, o sacrifício do Cordeiro de Deus em seu favor. Amigo leitor, reflita sobre estas verdades bíblicas e tenha uma vida de comunhão com Deus, através do sacrifício expiatório do Senhor Jesus Cristo na cruz e dos benefícios eternos de sua ressurreição.
Pr. Rayfran Batista da Silva
rayfranbatista@gmail.com

Corrupção, a enfermidade da poítica brasileira


Por Rafael Aguiar

Independente do partido político, a corrupção no alto escalão do Governo brasileiro, pela primeira vez na história desta nação, está sendo exposta e, como tumor maligno inflamado, está sendo espremida sem anestesia! E este procedimento cirúrgico emergencial está provocando dores profundas nesta nação enferma!

"Ai da nação pecadora, do povo carregado da iniquidade da semente de malignos, dos filhos corruptores! Deixaram o Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás.
Porque seríeis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis? Toda a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco.
Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo."(Isaías 1.4-6 ARC)

sexta-feira, 25 de março de 2016

O CRISTÃO PODE PARTICIPAR DE MANIFESTAÇÕES?



(Por Rafael Aguiar Pereira)

Muitos cristãos sinceros, devido ao que vem ocorrendo em nosso país nestes últimos dias, estão se perguntando se podem ou não participar de manifestações públicas contra um determinado governo. Mas afinal, nós, cristãos, podemos fazer parte de manifestações populares? A Bíblia proíbe o cristão de sair às ruas e de protestar contra o Governo?
Antes de tudo, vejamos, primeiramente, o conceito da palavra protestar. Segundo o dicionário, significa: "Manifestar insatisfação, discordância, revolta. 2. Realizar manifestação pública de protesto. 3. Clamar, bradar por...". Em suma, protestar é declarar publicamente insatisfação contra algo, alguém ou um sitema.
De posse do conceito desta palavra, vamos agora considerar a primira pergunta:
1. O cristão pode fazer parte de manifestação e de protestos populares?
Vamos responder a esta importante pergunta em duas vias: A primeira, do ponto de vista da Lei (A), e a segunda, do ponto de vista bíblico-espiritual (B).
A) Do ponto de vista legal, isto é, de acordo com as leis que regem a nossa nação, devemos considerar que vivemos em um Estado democrático de direito, e não em uma ditadura, ou seja, vivemos num regime onde o poder político emana do povo e visa o bem-estar desse povo, ainda que quem governe não seja diretamente os cidadãos que formam esse povo, mas seus representantes, eleitos através de livre escolha, por meio de voto direto e secreto.
Sendo assim, todos os que vivem sob o Regime Democrático tem o direito legal (amparado pela Constituição) de manifestar sua insatisfação quando não forem atendidos por seus representantes (os governantes) em suas necessidades básicas, tais como saúde, educação, moradia, trabalho, lazer etc, as quais lhes são garantidas por esta mesma Constituição.
Nenhum cidadão brasileiro, portanto, estará infringindo a Lei quando estiver manifestando publicamente, através de protestos individuais ou em grupo, inclusive nas redes sociais, a sua insatisfação e indignação contra aquilo que considera inaceitável no que diz respeito ao trato e ao cuidado recebidos por seus governantes. No entanto, não se deve confundir protesto e manifestação (direitos que nos são assegurados pela Lei) com atos de violência (física e/ou verbal), de vandalismo, de depredação de patrimônio público e/ou privado, além da prática de calúnia e de difamação que alguns cometem, inclusive pelas redes sociais, durante suas manifestações e protestos, os quais se configuram atos criminosos, e quem comete crime infringe a Lei, e quem infringe a Lei, neste sentido, comete pecado! E esta forma de protesto e de manifestação, que infringe a Lei, não só os cristãos devem evitar, mas todo e qualquer cidadão brasileiro, independente de sua religião.
Fica entendido, então, que toda manifestação e todo protesto só estarão resguardados pela Lei enquanto forem pacíficos. Portanto, todo cidadão brasileiro, inclusive nós, os cristãos, do ponto de vista legal, pode sim expressar insatisfação por meio de protestos públicos, seja individualmente ou em grandes ajuntamentos de populares, sem que haja nenhum receio de estarem infringindo a Lei da nação e, por consequência, pecando contra Deus, desde que estas manifestações e protestos sejam pacíficos e visem o bem comum do povo, bem como a manutenção da paz e da ordem na sociedade em que se vive. Fica claro, então, que, do ponto de vista da Lei brasileira, o cristão, assim como todo cidadão brasileiro, pode realizar manifestações e protestos públicos para exigir o cumprimento de seus direitos perante a Constituição, desde que tais manifestações sejam pacíficas e não incorram em infração desta Lei e, por consequência, na prática de crimes.
B) Mas e do ponto de vista estritamente bíblico-espiritual? Deus proíbe o cristão de protestar contra os governantes? O que a Bíblia diz sobre isso?
Muitos citam o textos de Romanos 13.1-2, para afirmarem que, apesar de lícito perante a Lei, Deus proíbe o cristão de protestar contra os governantes. Vejamos o que diz o texto:
"Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação." (Rm.13.1-2).
Em uma análise superficial desse texto, parece-nos mesmo que o apóstolo Paulo está condenando toda e qualquer manifestação contra todo e qualquer tipo de governo. Porém, se analisarmos o contexto, perceberemos (1) que Paulo está se referindo, primeiramente, ao princípio da autoridade, isto é, a autoridade em si, independente do agente que exerça esta autoridade. O Governo, seja ele Federal, Estadual ou Municipal, é uma autoridade estabelecida por Deus para o bem dos homens, e será sempre uma autoridade independente dos seus representantes. Os governantes mudam, mas o princípio de toda autoridade permanece, pois tem origem em Deus! Mas no que se refere aos próprios governantes (2), versículos seguintes em Romanos 13, Paulo fala de governos que prezam pela justiça e pela paz, ou seja, ele se refere aos bons governantes, aos quais devemos nos submeter, pois eles são instrumentos de Deus para combater o mal na sociedade. Veja o que diz o versículos 3 e 4:
"Em verdade, as autoridades inspiram temor, não porém a quem pratica o bem, e sim a quem faz o mal! Queres não ter o que temer a autoridade? Faze o bem e terás o seu louvor. Porque ela é instrumento de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, porque não é sem razão que leva a espada: é ministro de Deus, para fazer justiça e para exercer a ira contra aquele que pratica o mal." (Romanos 13.3-4).
Observe que agora o apóstolo Paulo diz que a autoridade "... é instrumento de Deus para teu bem" e que também é "ministro de Deus para fazer justiça", ou seja, é a esse governo e a essa autoridade, que visa o bem de uma sociedade e que promove a paz e a justiça, que devemos nos submeter sem nenhum temor, pois que zelam pelo bem comum do povo, e quem não se submete a esse tipo de governo e de autoridade está contra a paz, contra a justiça e contra o bem comum da sociedade! Essa insubmissão é diabólica e contrária a ordem estabelecida por Deus. Mas, e quando os governantes e as autoridades estiverem a serviço do Mal, não primarem pela paz e pela justiça, não respeitarem seus cidadãos, não honrarem seu povo e ainda atacarem a fé cristã? Será que devemos continuar sujeitos, cegamente, a essas autoridades? Apesar de Paulo ter dito que "não há autoridade que não venha de Deus", isso nao significa que todo governante que faz uso da autoridade procede de Deus. Isso fica claro no versículo 6, quando Paulo diz que: "É também por essa razão que pagais os impostos, pois os magistrados são ministros de Deus, quando exercem pontualmente esse ofício.". Veja que o apóstolo ressalta que os magistrados (os governantes e as autoridades) são ministros de Deus enquanto exercerem seus ofício pontualmente, isto é, enquanto forem fiéis as leis, sem escândalos, sem corrupções, sem desvios de conduta, sem mentiras, enquanto priorizarem o bem-estar do povo e enquanto zelarem pela paz e pela justiça e respeitarem os direitos dos seus cidadãos!
2. Onde deve ser o maior protesto e manifestação do cristão?
A Palavra de Deus nos adverte que a nossa verdadeira luta, isto é, nosso maior protesto e manifestação deve ocorrer, antes de tudo, no campo espiritual: "Pois não é contra carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nos ares." (Efésios 6. 12) e que, por isso mesmo, as nossas armas também não são carnais, mas espirituais: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas" (2Co.10.4). Sendo assim, o apóstolo Paulo, nos diz: "Acima de tudo, recomendo que se façam deprecações, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, para que possamos viver uma vida calma e tranqüila, com toda a piedade e honestidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador" (1Tm. 2.1-3). Por causa disso, muitos ignoram que Satanás se utiliza de pessoas, de leis e de sistemas (como a política, por exemplo. Não que a politica seja do diabo!) para atacar a Igreja e os cristãos! E nós, cristãos que somos, tendo este conhecimento, devemos nos munir de todas as armaduras espirituais que o Espírito Santo nos disponibiliza, conforme está escrito em Efésios 6.10-18 (Leia o texto!), para vencermos estas batalhas contra as trevas, assim como estarmos prontos para resistimos a toda investidida do mal que podem vir contra nós através de governantes influenciados pelo maligno! Essa resistência contra o Maligno, no entanto, deve ser travada tanto no campo estritamente espiritual (através da oração, do jejum, da santificação pessoal e coletiva, da leitura e prática da Palavra de Deus). Mas isso não nos isenta de também agirmos nos demais campos da esfera humana, as quais não excluem a esfera espiritual, tais como no social (combatendo toda violência fisica e verbal, e promovemdo a paz e a justiça, por exemplo) e no campo da politica (escolhendo bem os nossos representantes e reprovando todo tipo de comportamento corrupto e corruptor, por exemplo).
3. Exemplos de governos que agiram sob influência maligna contra o povo de Deus
A Bíblia e a história nos mostram vários governantes e sistemas de governo que agiram sob influência maligna para atacar o povo de Deus. Citaremos agora apenas alguns exemplos:
a) Faraó e seu Império Egípcio, que oprimiu os hebreus por anos (Êxodo 1);
b) Os filisteus, que oprimiram Israel por vários anos (Juízes 13);
c) Nabucodonosor e seu Império babilônico, que destruiu Jerusalém e escravizou seus moradores (Jeremias 39; Daniel 1-4);
d) Herodes, o Grande, que, perseguindo o menino Jesus, mandou matar todas as crianças de até dois anos que habitavam em Jerusalém (Mateus 2.16);
e) Herodes (outro na linhagem sucessória dos Herodes), Pôncio Pilatos e as autoridades religiosas de Jerusalém que condenaram Jesus à morte (Mateus 26-27);
f) O Sinédrio, que perseguiu os apóstolos e que matou alguns deles (Atos 4.1-31; 5.17-42; 7.54-60; 12.1-5)
g) Imperadores romanos que perseguiram e mataram em suas arenas milhares de cristãos fiéis a Jesus;
h) Autoridades da igreja romana, que, no período conhecido na história como Idade das Trevas, matou milhares de cristãos fieis a Deus;
i) Hittler e o seu nazismo alemão que matou mais de 6 milhões de judeus;
j) Terroristas modernos que já dizimaram milhares de cristãos em várias partes do mundo! Há muitos outros exemplos!
Fica claro, pelo exposto acima, que, apesar de que todo princípio de autoridade procede de Deus, nem todos os governantes, que fazem uso dessa autoridade legítima, necessariamente vem de Deus! Aliás, podem até ter procedência maligna, como acabamos de demontrar em exemplos acima.
4. Agora vejamos alguns exemplos na Bíblia e na história de quem se manifestou, protestou e resistiu publicamente ao mal:
a) Moisés resistiu a faraó e protestou contra as ordens do soberano egípcio (Êxodo 10.14-26);
b) Elias protestou e resistiu ao rei Acabe, por causa dos pecados dele e de sua esposa Jezabel (1Reis 18.17-18, 21; 21.17-26);
c) Neemias resistiu e protestou contra a opressão e contra os opressores do povo de Deus (Neemias 5; 13);
d) A rainha Ester e o povo judeu protestaram e resistiram contra a ameaça de sua própria destruição (Ester 7.1-6; 9.1-3)
e) Ananias, Misael, Azarias (Mesaque, Sadraque e Abedenego), mesmo correndo risco de morte, resistiram e protestaram contra a idolatria de Nabucodonosor e da Babilônia (Daniel 3);
f) Daniel resistiu (orando) e protestou (abrindo as janelas do seu quarto enquanto orava) contra o edito do rei medo-persa que o proibia de orar a Deus por trinta dias (Daniel 6.10);
g) João, o Batista, protestou contra os erros dos religiosos e do rei Herodes, que estava adulterando com Herodias, mulher de seu irmão Filipe (Lc.3.1-20)
h) Até o próprio JESUS protestava frequentemente contra as autoridades religiosas dos judeus, chamando-os de hipócritas e de mentirosos, como também protestou contra Herodes, chamando-o de raposa e protestou ainda contra a própria cidade de Jerusalém que o havia rejeitado! (Mateus 15.1-14; Lucas 13.32, 34-35);
i) Pedro e João resistiram e protestaram contra o sinédrio que os queria proibir de falar no nome de Jesus e de ensinar a Sua Doutrina (Atos 4.17-20);
g) Paulo protestou contra as autoridades que o acusavam falsamente e fez um manifesto público individual que desejava ser julgado diretamente por Cesar; em outra ocasião, ele fez valer a sua cidadania romana quando protestou contra os soldados que o açoitavam sem que antes lhe tivessem dado direito a um julgamento digno de um cidadão romano, tal como ele era! (Atos 9.22-29; 25.7-12)
j) Vários homens e mulheres ficaram conhecidos na história da Igreja como heróis da fé porque resistiram e protestaram contra o mal, contra o pecado, contra o diabo e contra todos os seus agentes e representantes (governantes sob influência maligna) aqui neste mundo! Foi por este ato de protestar, que a Igreja evangélica ficou conhecida no período da Reforma, como Igreja Protestante!
l) O Pr. Martin Luther King (1929-1968) resistiu e protestou contra a discriminação e a segregação racial nos Estados Unidos.
Além destes, há ainda muitos outros exemplos na Bíblia e na História de homens e de mulheres que, diferentemente de nós, não viveram em uma Democracia ondectinham seus direitos de manifestação protegidos por lei, mas que, mesmo arriscando suas vidas ousaram protestar e resistir contra todo o Mal!
Concluímos que o cristão, respaudado pela Lei brasileira e pelas Escrituras Sagradas, assim como pelo testemunho da história da igreja, pode e deve sempre protestar, sem violência, mas de forma pacífica e visando o bem comum, munido de toda armadura espiritual proveniente de Deus, como também pode a deve fazer uso dos meios legais, para combater tudo o que for mau, toda injustiça, todos os desmandos de governantes sem escrúpulos, imorais e sem apreço pelo bem-estar do povo e sem interesse nenhum na manutenção da boa ordem, da paz e da justiça e que querem tolher a fé cristã, subjugando o seu exercício prático na vida cotidiana de cada cristão!
(Por Rafael Aguiar Pereira)

O CRISTÃO PODE JULGAR?


Muitos cristãos sinceros creem que não se deve emitir nenhum tipo de julgamento que condene qualquer prática dos homens. Os que assim afirmam baseiam-se no fato de que somente Deus conhece o coração dos homens e que, por essa razão, somente ELE pode julgar suas ações. Mas será esse o entendimento correto que todo cristão deve ter sobre esse assunto? A Bíblia proíbe o cristão de julgar as pessoas e às suas práticas? Afinal, o cristão pode ou não exercer julgamento?
Segundo os nossos dicionarios de língua portuguesa, Julgar significa: "1.Decidir, resolver como juiz ou como árbitro, lavrar ou pronunciar sentenças. 2. Pronunciar uma sentença. 3. Apreciar, avaliar, formar juízo a respeito. 4. Formar juízo crítico acerca de. 5. Formar conceito sobre alguém ou alguma coisa.". Diante dessas definições, podemos entender que julgar significa o ato de decisão tomado por alguém ou por um conselho acerca de algo, de alguém e/ou de práticas previamente avaliados com base na lei, na ética e na moral que rege um povo. Em nosso caso (os cristãos), a ética e a moral que nos regem procedem, não apenas da Lei de nosso país, mas, e principalmente, das Escrituras Sagradas, a nossa regra de fé e prática, a Lei de Deus para nós, o Seu povo.
Antes de entrarmos no mérito da permissão ou da proibição do cristão sobre a prática do julgamento, é importante ressaltar que o julgamento aqui em questão não se trata do julgamento que condena o homem definitivamente ao inferno e ao Lago de fogo, pois esse julgamento pertence única e exclusivamente a Deus e a Cristo Jesus, o nosso Senhor, já que tal julgamento depende da onisciência do Senhor sobre a situação da alma do homem no momento de sua morte em relação a fé na Obra Expiatório de Cristo Jesus na cruz! Trataremos, neste artigo, do julgamento das ações e atitudes dos homens enquantos seres ativos, capazes e responsáveis por suas ações nesta vida.
1."Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mt.7.1)
Muitos citam o texto acima, de Mt. 7.1, para apoiarem a posição de que o cristão não pode julgar as ações de ninguém. Porém, devemos ler o texto dentro do seu contexto, pois é assim que se faz uma correta interpretação do mesmo. Quando Jesus disse "Não julgueis, para que não sejais julgados", Ele estava se referindo ao julgamento baseado na falsidade e hipocrisia, tipicas dos fariseus, que apontavam os erros e os defeitos do povo, mas que eles mesmos praticavam coisas semelhantes ou até piores! Era esse tipo de julgamento que Jesus estava condenando. Veja que o próprio Jesus autoriza julgarmos os erros alheios, desde que não estejamos realizando as mesmas práticas as quais estamos condenando: "Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." (Mt. 7.4-5)! Ou seja, Jesus está reprovando a hipocrisia de alguém que julga os erros dos outros, mas que vive na prática de erros iguais e até de outros mais graves (Uma trave é maior que um argueiro!). Observe que Jesus conclui dizendo: "(...) então cuidarás em tirar o argueiro do olho de teu irmão". Isso significa, não que estamos proibidos de julgar, mas que antes de julgarmos as ações dos outros, devemos primeiramente julgar e corrigir nossas eventuais falhas e erros, para então podermos exercer um correto julgamento das atitudes alheias, baseado na justiça da Palavra de Deus, que condena todas as práticas errôneas e pecaminosas dos homens, sejam elas consideradas "grandes" (as traves) ou "pequenas" (os argueiros), estejas elas nos outros ou em nós mesmos!
Fica claro, portanto, que Jesus, no texto em apreço, não está nos proibindo de julgarmos os erros e pecados dos outros, mas condenando o julgamento hipócrita, ao tempo em que nos ensina como julgar corretamente, com base na justiça e na verdade de Sua Palavra!
2. A Bíblia tem vários exemplos de servos de Deus que exerceram o julgamento de forma correta. Vejamos alguns:
A) Salomão - Na ocasião da disputa entre as duas mulheres que diziam ser a legítima mãe de uma criança, Salomão julgou corretamente que uma delas era mentirosa e que a outra falava a verdade! (1Rs. 3. 23-28)
B) O profeta Elias - Este homem de Deus julgou que o povo estava inseguro e indeciso quanto a quem serviriam, se a Deus ou se a Baal: "Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.". (1Rs.18.21)
C) O apóstolo Paulo julgou que o corpo de um certo "irmão", que frequentava a Igreja de Corinto e estava praticando um determinado tipo de pecado sexual na igreja, deveria ser entregue a Satanás: "Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, seja, este tal, entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus." (1Co. 5. 3-5).
Paulo ainda reprovou a igreja de Corinto, dentre outras deficiências, por não haver ninguém dentre eles que pudesse julgar os litígios entre os irmãos, e condenou a atitude de levar problemas internos da igreja aos tribunais dos ímpios: "Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis." (1Co. 6. 5-6).
D) O apóstolo João julgou que Diótrefes era caluniador e mentiroso: "Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja." (3Jo.9-10)
E) O próprio Jesus julgou que os fariseus eram hipócritas e maus: "Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca." (Mt.12.34)
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos" (Mt.23.26-29).
3. A Bíblia nos ensina a julgar corretamente.
A) Jesus disse: "Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore." (Mt. 12. 33). Ou seja, jugamos uma árvore como boa pelos frutos bons que ela nos apresenta, assim como julgamos uma árvore como má pelos frutos maus que ela nos oferece! Assim também para com as práticas dos homens!
B) As Escrituras nos dizem que nós julgaremos o mundo, e que, portanto, devemos está aptos para também julgar as pequenas coisas erradas do tempo presente: "Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?" (1Co.6.2)
C) As Escrituras nos dizem que nós julgaremos os anjos caídos e que devemos estar prontos para também sermos capazes de julgar as coisas desta vida: "Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?" (1Co.6.3)
D) As Escrituras nos ordenam a julgar e aprovar as obras que agradam a Deus, assim como também a julgar e condenar toda obra das trevas:  "Aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as." (Ef. 5. 10-11).
E) As Escrituras nos ordena a julgar inclusive as profecias para saber se procedem de Deus: "Falem dois ou três profetas e os outros julguem" (1Co.14.29)
Portanto, o cristão deve sim julgar toda prática pecaminosa e todos os erros denunciados nas Escrituras Sagradas, sempre com base na retidão e na justiça reveladas na Palavra de Deus que é a nossa regra de fé e prática, e que nos serve como prumo, que revela toda a falha da construção de nossa conduta e que nos corrige e que também nos ensina a como remover a trave dos nossos erros e pecados, capacitando-nos assim a também remover o argueiro dos desvios de conduta que impedem os nossos semelhantes de enxergar o pecado, a Justiça e o Juizo!
Por: Rafael Aguiar

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Vídeo mostra assaltante morrendo instantaneamente após dono de loja orar e dizer “sangue de Cristo tem poder”; Assista


Na última semana, a notícia sobre um bandido que morreu durante um assalto, após o dono do estabelecimento começar a orar, rodou o mundo e levantou uma forte discussão e também questionamentos se o relato era mesmo verdadeiro. Agora o vídeo da câmera de segurança mostrando o exato momento do acontecido foi divulgado, e mostra o momento em que o assaltante morre.

Testemunhas contaram que, ao se darem conta do assalto, os donos da loja começaram a orar sem parar e antes que os ladrões pudessem sair do local um deles caiu morto, logo depois de um dos donos do estabelecimento gritar “O Sangue de Cristo tem Poder”.

A Polícia Municipal chegou ao local poucos minutos após a morte do assaltante, e a equipe de Investigação Criminal e criminologistas estiveram no local. Os criminologistas irão realizar uma investigação e, através de exames, irão determinar a causa da morte do assaltante.

O assaltante que morreu após a oração dos donos da loja foi identificado como Ronner Eduardo Muñoz Arrieta, e morava próxima a loja. O jovem tinha 24 anos e era conhecido na região como “El Babo”. Seu comparsa, após ver o parceiro morto, simplesmente roubou sua arma e fugiu com o que conseguiu carregar.

Assista ao vídeo de segurança que mostra o momento da morte do assaltante:


 Fonte: gospelmais
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